quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

âncora luminar - explorações quânticas da divindade, ou querer fazer como dá na telha

a âncora ideal, para manter segura a barca nas águas atribuladas, desce às profundezas, não importa quão negras, só...
existência limitada a dela, sempre a pesar os movimentos...
mas é o próprio idealismo que lhe pesa, por isso se afunda... e a justa corrente sufoca... e arraaaaasta... e a chama a existir nessa realidade, presa, em que (se) pesa.

às voltas com uma névoa que teima em materializar-se... que espicaça como uma fagulha quando mais espera... quando deixa... doce
quer tudo, desdobrar-se nas várias alternativas realizáveis, saltar através das dimensões, qual deusa subatómica que está, sem estar... que se ausenta, ficando... que vive tudo o que pensa, se multiplica em tantas quantos desejos sente! vai, venera, regressa e torna a escapar-se, sem que lhe bradem retorno ao fiel pedestal (quanto mais alto...!)

marca o passo, alumia a esforço o caminho por entre pedregulhos, para os seus crentes... paciente, compreensiva, maternal... revoltada, enfim, porque questiona se não estaria a divertir-se muito mais agindo pela pulsão inconsequente que sente aflorar com cada vez mais força - por vezes perder-se-ia nuns disparates, mas pediria perdão e seguiria alegremente de alma lavada até ao próximo deslize in/consciente... afinal não é o que toda a gente faz? a gente que se sente livre do grilho das regras...?


pergunto como se contenta, saciando as ideias de liberdade quando em fantasias assim se perde...

3 comentários:

a disse...

uau! Nem sei o que dizer... primeiro digo que tens de avisar quando postas, se n, vejo atrasada e quem sabe quando aumentares a frequências dos posts quantos milhões, e cada vez mais complexos, terei eu de ler para te acompanhar...
segundo e último porque eu também n digo assim tantas coisas, contenta-se porque se perde e não será perder-se a mais livre de todas as coisas? por não ser planeada, não tem condicionantes, não há hipoteses, não há prisões... é livre (ainda que fantasiando).

p.s.- espero n ter respondido completamente ao lado, mas desconfio que sim.

droff disse...

e redundamos nessas mesmas ideias. A fórmula é uma dose saudável de ambos repeticao e variacao. Nao confundir com "avariacao".

Bjoz

Z disse...

As âncoras existem e dificilmente nos podemos livrar delas, podemos é escolher as nossas (aliás cada um tem muitas e que se enfateixam em direcções diferentes!). Escolher a quais nos deixamos prender, quais cortamos e deixamos para trás, e quais ainda levamos connosco, arrastando-as, na direcção para onde formos, apenas para não seguirmos por aí desembestados, mas antes seguirmos a uma velocidade controlada!
Toda a gente se divertiria mais se seguisse todas as pulsões inconsequentes! Enfim, todas não é possível, mas elas são como as âncoras, múltiplas, com sentidos diversos, e então escolhem-se só algumas e mandam-se as regras que nos impedem de as concretizar às urtigas! Mantêm-se umas quantas regras, outros tantos disparates e deslizes e perdões no mundo das fantasias e segue-se o nosso caminho! Mas vê lá, se as pulsões afloram cada vez mais se calhar têm mesmo de ser satisfeitas, antes que impludam e azedem dentro de nós! Se são pulsões tuas também não podem estar assim tão erradas!
Deusa subatómica que vive tudo o que pensa (talvez assim seja, talvez possa ser) a (des)multiplicação da pessoa... diverte-te nessas viagens e conta-nos por onde vais passando porque é um gosto ler os teus relatos! Não te preocupes com a altura do pedestal - tens um bom sentido de equilíbrio para os píncaros e se caíres há-de estar alguém cá em baixo para te agarrar!
Beijo